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25-50 employees
Year established
2008
Currencies accepted
Brazilian reais (brl), Euro (eur), Mexican pesos (mxn), U. S. dollars (usd)
Portfolio
Sample translations submitted: 2
Portuguese to Spanish: La depresión
Source text - Portuguese A depressão
Quando se olha o mundo de fora é muito fácil dizer o que se deve fazer, como e até quando. Achamos soluções para todo mundo, desde que não estejamos envolvidos. É fácil falar da dor que não sentimos, do amor que não perdemos, dos problemas que não temos e da vida que não vivemos. Somos assim muito sábios quando o espinho não está em nós!...
Os altos e baixos são comuns a todo mundo. Ninguém vive em linha reta. E há pessoas que suportam mais facilmente as subidas e descidas da vida que outras, como umas pegam certas doenças e outras não. Há coisas que não se controla, pois se tivéssemos escolha, optaríamos sempre por uma vida sã.
A depressão é uma doença como uma outra, não um capricho de quem deseja mais do que a vida pode oferecer. Só quem passou ou passa por isso sabe entender o que é. E como toda doença, deve ser reconhecida, entendida e tratada como tal. Infelizmente todo mundo não está preparado para ajudar em casos assim e tentam resolver os problemas mostrando que há pessoas mais infelizes. Contudo, não é possível minimizar a dor de ninguém, fazendo-o comparar sua infelicidade com as misérias do mundo. Ninguém pode se sentir melhor porque do lado de fora há mais sofrimento. Se fosse assim, seria fácil ir dormir feliz a cada dia, bastando assistir ou ler jornais.
É claro que muitas vezes vemos uma coisa triste e pensamos no quanto somos abençoados por não vivermos aquilo. Isso é normal para todo mundo, nos faz refletir sobre a realidade da vida. Mas se passamos nossa vida com comparações não vamos a lugar nenhum, pois sempre haverá parâmetros diferentes e acabaremos nos sentindo perdidos.
Precisamos respeitar a dor e sentimento do outro, como respeitamos os limites do seu jardim. Cada vida é única, é própria. Podemos ajudar uma pessoa depressiva mostrando-lhe o lado belo da vida, dando-lhe razões para olhar além do horizonte, criar objetivos e acreditar neles. Podemos tirá-la do isolamento em que se encontra dando-lhe palavras de reconforto e amizade, fazendo-a sentir-se amada e útil. Dizer a um depressivo que seus problemas são mínimos porque há coisas piores na vida não o fará sentir-se melhor.
Quando Jesus se referiu à pessoas com problemas e ansiedades, mandou que olhassem os lírios dos campos e as aves no céu e se repousassem, apontou para coisas bonitas e alegres, nunca disse para olharem os necessitados. E Ele teve, também, Seu momento de dor, tristeza e lágrima, como todo ser humano.
As soluções para os problemas começam com o reconhecimento deles. Ter amigos que possam compreender já é um passo na direção da cura. A compreensão da dor do outro leva-lhe segurança. E, segura, uma pessoa poderá se levantar e recomeçar seu caminho, com toda ajuda que ela deve ter.
Depressão? Uma doença sim. E médicos são úteis. Amigos são preciosos. Orações são imprescindíveis.
Letícia Thompson
Translation - Spanish La depresión
Letícia Thompson
- Versión en español por Eduardo e Irany Lecea -
Cuando vemos "los toros desde la barrera" es muy fácil decir lo que se debe hacer, cómo y hasta cuando. Encontramos soluciones para todo el mundo siempre y cuando no estemos involucrados. Es fácil hablar del dolor que no sentimos, del amor que no perdemos, de los problemas que no tenemos y de la vida que no vivimos. ¡Somos muy sabios cuando la espina no está clavada en nosotros ! ...
Las altas y bajas son algo común para todos. Nadie vive en línea recta. Algunas personas soportan con mayor facilidad las subidas y descensos en la vida que otras, así como unas adquieren ciertas enfermedades y otras no. Hay cosas que no se controlan, pues si pudieramos elegir, optaríamos siempre por una vida sana.
La depresión es una enfermedad como cualquier otra, no un capricho de alguien que desea más de lo que la vida puede ofrecer. Solo quien pasó o pasa por eso sabe entender lo que es. Y, como cualquier enfermedad, debe ser reconocida, entendida y tratada como tal. Desafortunadamente no todos estamos preparados para ayudar en un caso así e intentamos resolver los problemas mostrando que existen otras personas más desafortunadas. Pero no es posible minimizar el dolor de alguien haciendo que compare su infelicidad con las miserias del mundo. Nadie puede sentirse mejor porque afuera haya más sufrimiento. Si así fuera, sería fácil irnos a dormir felices todos los días con solo ver o leer las noticias.
Claro que en muchas ocasiones vemos una situación triste y pensamos en la bendición de no estarla viviendo. Es algo normal en todos, nos hace reflexionar sobre la realidad de la vida. Pero, si nos pasamos la vida con comparaciones no vamos a llegar a ningún lado, pues siempre existirán parámetros diferentes y acabaremos por sentirnos perdidos.
Es preciso respetar el dolor y el sentimiento del prójimo así como respetamos los límites de su jardín. Cada vida es única, es propia. Podemos ayudar a una persona depresiva mostrándole el lado bello de la vida, dándole razones para que vea más allá del horizonte, para que cree objetivos y crea en ellos. Podemos sacarla del aislamiento en que se encuentra brindándole palabras de conforto y amistad, haciendo que se sienta amada y útil. Decirle a alguien con depresión que sus problemas son mínimos porque existen cosas peores en la vida, no lo hará sentirse mejor.
Cuando Jesús se dirigió a las personas con problemas y ansiedades, mandó que reposaran viendo los lirios de los campos y las aves en el cielo, señaló las cosas bonitas y alegres, nunca mencionó que vieran a los necesitados. Y Él tuvo, también, Sus momentos de dolor, tristeza y lágrimas, como cualquier ser humano.
La solución de los problemas empieza reconociéndolos. Tener amigos que puedan comprender ya es un paso en la dirección de la cura. Comprender el dolor de alguien le infunde seguridad. Y, ya segura, una persona podrá levantarse y recomenzar su camino; es toda la ayuda que debe tener.
¿Depresión ? Una enfermedad, es cierto. Y los médicos son útiles. Los Amigos son preciosos. Las oraciones son imprescindibles.
Portuguese to Spanish: Documento
Source text - Portuguese
I. MARCO SITUACIONAL: O PASSADO E O PRESENTE DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL
1.1. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL RURAL
A história da educação profissional rural provém da necessidade que se faziam sentir as áreas rurais, tendo em vista a carência de pessoal especializado para trabalhar mais especialmente com o café, principal produto de exportação do final do século XIX e começo do século XX, e o fim da escravidão. Antes disso,
a ausência de uma consciência a respeito do valor da educação no processo de constituição da cidadania, ao lado das técnicas arcaicas do cultivo que não exigiam dos trabalhadores rurais, nenhuma preparação, nem mesmo a alfabetização, contribuíram para a ausência de uma proposta de educação escolar voltadas aos interesses dos camponeses (MEC, 2001, p. 4).
Pode-se dizer que o ensino profissionalizante destinado as áreas rurais passou a receber maior destaque a partir da década de 30, com a queda das exportações do café, o aumento do êxodo rural e o modelo de substituição de importações, uma das políticas do Estado Novo.
A Constituição de 1937 marca o pensamento do Estado Novo em relação à educação profissional no Brasil e, em especial, aquela voltada para o meio rural: a legitimação da separação entre o ensino destinado às elites e o ensino voltado para as classes populares. Em seu texto, evidencia a importância de se fazer presente o adestramento físico e a disciplina moral para a juventude do campo (art. 132).
Nascia, naquela época, segundo Whitaker e Antuniassi, citado por CNDRS, 2004, uma formação profissional rural que partia de uma visão urbanocêntrica (que se trabalhava com o conhecimento produzido na cidade, tendo-a como superior e moderna); sociocêntrica (que refletia o interesse de classes sociais dominantes); e etnocêntrica (que copiava os valores culturais da sociedade industrial). Esse pensamento abriu precedentes a um ensino rural moldado em experiências e vivências urbano-industriais, sendo diversas ações profissionalizantes réplicas do que se estruturava para os grandes centros.
Nessa época, cresce também a idéia de se realizar o ensino rural com a forte prerrogativa de combater o êxodo do campo, lá fixando as pessoas. Com esse enfoque, vários programas foram realizados com parcerias entre instituições de ensino e o Ministério do Trabalho, dentre eles o curso para formação de capatazes rurais.
Com o tempo, a idéia de se realizar a educação profissional rural para erradicar ou minimizar o êxodo do campo foi sendo abolida, tomando lugar o pensamento da profissionalização focada no crescimento pessoal e profissional daqueles que têm no campo seu ideal de trabalho e de vida.
Nos anos 40 e 50, inúmeros programas foram implementados no meio rural, objetivando melhorar as condições de vida e de trabalho dessa população, bem como somar ao precário ingresso do Estado no ensino rural. Podem ser citados, dentre outros, as campanhas de educação de adultos e as missões rurais – ações educativas para melhoria das condições socioeconômicas de pequenas comunidades rurais.
Há que se destacar também que nessa época entravam em ebulição os debates por uma educação rural consciente e cidadã, que levava em consideração os interesses e as necessidades da população rural e que, de certa forma, buscava abandonar o pensamento de uma educação urbanocêntrica.
As décadas de 60 e 70 também abrangeram mudanças significativas no rumo da educação profissional rural. Esse momento nacional marcou-se pela intenção do governo por grandes projetos nacionais, como a construção de pólos petroquímicos e construção de hidrelétricas. Nasce, portanto, a partir daí, programas de capacitação de mão-de-obra como o Programa Intensivo de Preparação de Mão-de-Obra Industrial (PIPMOI), seguido da criação do Programa de Preparação de Mão-de-Obra (PIPMO), para atendimento aos setores primário, secundário e terciário.
Em 31 de março de 1976, o Presidente Geisel sanciona o Decreto-Lei nº 77.354, criando o Serviço Nacional de Formação Profissional Rural (SENAR), pertencente ao sistema “S” de formação profissional, vinculado ao Ministério do Trabalho.
Há que se ressaltar que a mudança realizada nos eventos profissionalizantes voltados para o campo ocorreu, sobretudo, a partir do texto de 1988, com a alteração constitucional em relação ao ensino rural, em virtude de uma consciência coletiva sobre a necessidade mais que aparente do resgate do desenvolvimento do meio rural.
Atualmente, no que tange à educação profissional, pensa-se numa formação mais globalizante, que não esteja atrelada ao quefazer mecânico, mas sim ao fazer, ao saber e ao querer fazer, numa sintonia de trabalhos, que requerem fundamentalmente segurança, delicadeza e dedicação daqueles que coordenam processos de ensino-aprendizagem.
A aprendizagem de uma profissão não pode mais se resumir ao domínio técnico. É mister que se dê importância à profissão como função econômica e social. Deve também considerar a auto-imagem do educando, formada a partir do valor que o indivíduo atribui ao trabalho que exerce e suas experiências de vida acumuladas. A formação profissional deve oportunizar ao adulto a percepção de que novos conhecimentos integrados aos que já possui dar-lhe-ão ganhos de naturezas diversas - sociais, produtivas e econômicas.
É necessária uma forma de educação efetiva, que não apenas considere o aprender a aprender, mas sobretudo permita ao educando unir teoria e prática, transformando em práxis o conhecimento e o saber e contribuindo para a construção de um profissional auto-realizado e capaz de assimilar as diversas tarefas e habilidades que cada momento exigir.
1.2. O SENAR: SUA ESTRUTURA DE TRABALHO
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR é uma instituição de direito privado, responsável pelo planejamento e execução de duas vertentes de trabalho: a formação profissional rural e a promoção social de trabalhadores e produtores rurais. Ambas as vertentes de trabalho apresentam caráter educativo não-formal (processo organizado e sistemático, não estruturado em graus de ensino), abrangendo eventos programados para atender às necessidades e aos interesses específicos de cada comunidade rural.
O SENAR está vinculado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em nível nacional, e às Federações de Agricultura e Pecuária, em nível estadual. Possui uma administração central, localizada em Brasília-DF e 27 administrações regionais, presentes em todos os estados. Cada administração regional realiza suas ações e atividades de forma descentralizada, de acordo com seu potencial de arrecadação, bem como em conformidade com sua capacidade operativa relacionada ao seu contingente humano e recursos materiais disponíveis. Cumpre à administração central a responsabilidade pela coordenação, acompanhamento e assessoramento técnico às regionais.
O SENAR foi criado em 23 de dezembro de 1991, por meio da lei nº 8.315. Após a aprovação de seu regulamento (decreto nº 566, de 10 de junho de 1992), a instituição iniciou a formação de sua equipe em busca da operacionalização das ações de formação profissional rural e atividades de promoção social. Pode-se, portanto, afirmar que o SENAR iniciou seus trabalhos nos estados em 1993.
A instituição atua em todo o país, utilizando-se de parcerias diversas, quer sejam com organizações públicas ou privadas. Entretanto, estando vinculado ao sistema sindical, pode-se dizer que tem como parceiros naturais os sindicatos patronais rurais.
1.3. MISSÃO, PRINCÍPIOS E DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS
Em nível mundial, a formação profissional segue as orientações da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No que se refere às Américas, o Centro Internacional de Investigação e Documentação sobre Formação Profissional (CINTERFOR) congrega os principais organismos da área e promove encontros e reuniões com o objetivo de formular declarações e cartas de princípios balizadores da formação profissional.
No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego é responsável pela definição de políticas de formação profissional. No entanto, dadas as peculiaridades da formação profissional para o comércio e os serviços, para a indústria e para o meio rural, cabe, aos organismos representativos destes segmentos, estabelecer os princípios e as diretrizes específicos de sua área de atuação.
Cumpre, ao SENAR, na formulação dos seus pressupostos básicos, respeitar as recomendações da OIT, as resoluções do CINTERFOR, as políticas do Ministério do Trabalho e Emprego e as prioridades da agricultura nacional estabelecidas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e suas federações vinculadas.
Além das orientações emanadas pelas organizações acima descritas, o SENAR se rege por sua missão, seus princípios e suas diretrizes. Esses três referenciais de trabalho organizacional é que diferem o SENAR de outras organizações que têm como objetivo o desenvolvimento do campo, como a assistência técnica e extensão rural, o fomento e a pesquisa agropecuária.
• MISSÃO significa compromisso, dever, obrigação.
Missão do SENAR: desenvolver ações da formação profissional rural e atividades da promoção social destinadas às pessoas da área rural, contribuindo para sua profissionalização, sua integração na sociedade, melhoria da sua qualidade de vida e para o pleno exercício da cidadania.
• PRINCÍPIOS são preceitos, regras, leis, bases para a ação. São proposições diretoras de uma ação, ou de uma ciência, às quais todo o desenvolvimento posterior deve estar subordinado. Possuem caráter duradouro e estabelecem regras de conduta.
São princípios da FPR e da PS:
1 A formação profissional rural e a promoção social são processos educativos, vinculados à realidade do meio rural.
2 A formação profissional rural e a promoção social são processos democráticos que propiciam igualdade de oportunidades, sem distinção de sexo, raça, crença religiosa e convicção filosófica ou política. Além disso, efetuam a inclusão de pessoas com necessidades especiais, no sentido de promover sua maior participação na vida da comunidade.
3 A formação profissional rural e a promoção social levam em conta as mudanças, de todas as ordens, que ocorrem no mundo contemporâneo. Dessa forma, à medida que se alteram os processos produtivos e o domínio dos conhecimentos, alteram-se as formas de trabalho da organização.
4 A formação profissional rural vincula-se ao mercado de trabalho, tendo nas forças de oferta e demanda de profissionais seu foco de atuação.
5 A formação profissional rural está associada à informação e à orientação profissionais.
6 A formação profissional rural está centrada em uma ocupação.
7 A formação profissional rural adequa-se ao nível tecnológico da ocupação, de modo a assegurar a prática profissional, a melhoria do desempenho, a segurança e a saúde no trabalho e a empregabilidade, isto é, o ingresso ou a manutenção do trabalhador no mercado de trabalho.
8 A formação profissional tem identidade e características próprias, objetivos profissionalizantes e conteúdos ocupacionais centrados no processo de trabalho. Assim, diferencia-se de outros processos educativos desenvolvidos no meio rural (assistência técnica e extensão rural, fomento e pesquisa agropecuária) por ter, como referencial, o mercado de trabalho, por centrar-se na ocupação, por ser ministrada em diferentes níveis de aprofundamento e por ter, como exigência, estruturação curricular capaz de propiciar certificação aos aprovados nas ações.
9 A formação profissional rural e a promoção social resultam em ganhos sociais e econômicos ao trabalhador, quaisquer que sejam as atividades do universo de trabalho do meio rural.
10 A formação profissional rural proporciona condições para a melhoria do desempenho do trabalhador e para o aumento de sua produtividade no trabalho, pois suas programações são desenvolvidas com o foco nos critérios de desempenho profissional requerido pelo mercado de trabalho.
11 A formação profissional rural e a promoção social contemplam conteúdos relativos à saúde e à segurança no trabalho, desenvolvidos de forma integrada, visando ao bem-estar e à proteção pessoal e de terceiros no desempenho da ocupação/atividade.
12 A formação profissional rural e a promoção social contemplam conteúdos relativos à preservação e à conservação do meio ambiente.
DIRETRIZES são definidas como linhas reguladoras do traçado de um caminho. Norteiam os procedimentos para se realizar uma ação. São, portanto, um conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação ou um negócio. As diretrizes traçam o caminho a ser percorrido pela instituição e, por isso, podem ser alteradas pelo conselho deliberativo em períodos mais curtos de tempo, se comparadas aos princípios. As diretrizes sempre vinculam-se às estratégias de gestão do SENAR.
São diretrizes do SENAR:
1 As atividades da promoção social desenvolvidas pelo SENAR devem centrar-se na família do trabalhador e do produtor rural, englobando homens, mulheres, idosos, jovens e crianças.
2 As atividades da promoção social desenvolvidas pelo SENAR devem observar a complementaridade com as ações da formação profissional rural, quando assim se fizer necessário.
3 As ações da formação profissional rural desenvolvidas pelo SENAR devem ser planejadas respeitando os interesses dos empregadores e empregados.
4 As ações da formação profissional rural desenvolvidas pelo SENAR devem considerar as informações do mercado de trabalho, os requisitos de cada ocupação e a situação em que se encontra a clientela, quanto ao domínio das competências exigidas no desempenho satisfatório da ocupação e à diversidade das unidades produtivas.
5 A clientela do SENAR para ações de formação profissional rural referentes à qualificação, à especialização, ao aperfeiçoamento e à atualização devem compor-se por pessoas com, no mínimo, 16 anos de idade, que exerçam ou pretendam exercer atividades profissionais no meio rural, respeitando as decisões expressas pela portaria nº 20/01, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
6 A clientela do SENAR para ações de aprendizagem rural deve ser composta por jovens entre 14 e 24 anos, que pretendam exercer atividades no meio rural.
7 O SENAR deve utilizar-se de múltiplas estratégias para o desenvolvimento das ações da formação profissional rural e das atividades da promoção social como: ensino presencial, semipresencial e a distância, podendo ser seqüenciado ou modulado.
8 O SENAR deve assistir as entidades empregadoras na elaboração e na execução de programas de formação profissional rural e de promoção social.
9 O SENAR deve prestar assessoria a entidades governamentais e
privadas, em formação profissional rural, sempre que for solicitado.
10 As ações da formação profissional rural e as atividades de promoção social devem ser desenvolvidas pelo SENAR, de forma descentralizada, respeitando as características regionais e locais.
11 O SENAR deve divulgar seus eventos a fim de democratizar o acesso da clientela às ações da formação profissional rural e às atividades da promoção social.
12 O SENAR deve utilizar-se de procedimentos didáticos e pedagógicos apropriados à formação profissional rural e à promoção social.
13 O SENAR deve efetuar processos de certificação obedecendo a padrões institucionais.
14 O SENAR deve manter um sistema de documentação e informação relativo à formação profissional rural e à promoção social.
15 O SENAR deve manter programas de gestão de pessoas destinados a dirigentes, técnicos, pessoal de apoio e demais colaboradores.
16 O SENAR deve promover a divulgação institucional nos níveis federal, estadual e municipal.
17 As ações da formação profissional rural desenvolvidas pelo SENAR devem ser centradas no nível de qualidade requerido pelo mercado de trabalho devendo, os conteúdos das ações da FPR, estar a ele adequados.
18 O SENAR deve manter intercâmbio técnico-educacional visando à aquisição e à troca de novas tecnologias educacionais e outras ações conjuntas, numa perspectiva de aperfeiçoamento, de atualização e de desenvolvimento institucional.
19. O SENAR deve envidar esforços para proporcionar adaptação curricular à formação profissional de pessoas com necessidades educativas especiais (PNEES).
1.4. FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL (FPR) E PROMOÇÃO SOCIAL (PS):
CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
A Lei de criação do SENAR (nº 8.315/91), em seu artigo 1, apresenta:
É criado o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), com o objetivo de organizar, administrar e executar em todo o território nacional o ensino da formação profissional rural e a promoção social do trabalhador rural, em centros instalados e mantidos pela instituição ou sob forma de cooperação, dirigida aos trabalhadores rurais.
A partir desse artigo da Lei, interpretou-se como formação profissional rural uma vertente de trabalho institucional com o foco no mercado de trabalho, na melhoria do desempenho do trabalho na ocupação exercida pelo trabalhador. Como promoção social, compreendeu-se como uma outra vertente de trabalho, que oportuniza ao trabalhador e sua família o ganho social, cultural e porventura econômico, sem ter o cunho profissionalizante.
Sendo assim, para o SENAR, a formação profissional rural (FPR) é um processo educativo, não-formal, participativo e sistematizado, que possibilita a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes ao indivíduo, para o desempenho de uma ocupação.
A promoção social (PS) é um processo educativo, não-formal, participativo e sistematizado, que visa ao desenvolvimento das aptidões pessoais e sociais do trabalhador, produtor rural e de suas famílias, possibilitando melhor qualidade de vida, consciência crítica e participação na vida da comunidade (SENAR, 2005).
Apesar de apresentarem objetivos diferenciados, a FPR e a PS podem apresentar tanto aspectos semelhantes quanto divergentes.
São aspectos comuns à FPR e à PS:
• Ambas têm caráter educativo. Por educativo, compreende-se todo processo que promove o aperfeiçoamento integral da pessoa.
• Ambas são realizadas de forma sistematizada, organizada e intencional, o que as difere da educação informal.
• Entende-se que tanto a PS quanto a FPR, quando bem programadas e executadas, devem necessariamente promover socialmente a clientela, considerando-se os ganhos sociais, culturais e econômicos advindos dos processos educativos.
• Devem contemplar informações concernentes à cidadania do trabalhador, à segurança e à saúde no trabalho, princípios de qualidade e produtividade, além de aspectos ambientalistas, o que assegurará, ainda mais, o ganho social.
• Ambas apresentam requisitos para o ingresso nos eventos e devem seguir a portaria nº 20/2001 do Ministério do Trabalho e Emprego.
No que tange às diferenças, destaca-se uma em especial: o fato de a FPR orientar-se sob o enfoque profissionalizante, no sentido de preparar o indivíduo para sua inserção ou reinserção no mercado de trabalho ou melhorar, de alguma maneira, o seu desempenho em uma ocupação. A PS não age com o intuito de profissionalizar, mas de desenvolver disposições inatas, competências e habilidades individuais e/ou coletivas.
II. MARCO DOUTRINAL: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS LIGADOS À EDUCAÇÃO DE ADULTOS
2.1. A PROPOSTA EDUCACIONAL DO SENAR
A proposta educacional do SENAR baseia-se em dois importantes pilares: um deles relaciona-se aos domínios da aprendizagem. Se a atual formação profissional requer uma aprendizagem que transpõe o quefazer mecânico, há que se fazer presente três domínios da aprendizagem: o domínio cognitivo, o afetivo e o psicomotor.
Outro pilar da proposta educacional do SENAR refere-se à relação a ser estabelecida entre instrutor e educando. Se a educação de adultos proposta pelo SENAR relaciona-se à uma concepção cognitivista e humanista, a relação horizontalizada entre os dois atores do processo ensino-aprendizagem não deve ser, sob hipótese alguma, desprezada.
III. MARCO OPERACIONAL: ETAPAS, FASES E ATIVIDADES DO PROCESSO DA FPR
3.1. NATUREZA E TIPOS DE PROGRAMAÇÃO
Naturezas da Programação
O SENAR desenvolve seus eventos de formação profissional rural com base na identificação das naturezas da programação (essa classificação não se estende aos eventos da promoção social, posto que esta vertente não tem caráter profissionalizante). Natureza da programação determina o nível, a abrangência e a intensidade em que serão desenvolvidos os conteúdos. As naturezas da programação trabalhadas pelo SENAR são:
Qualificação - capacita o indivíduo para o exercício de uma ocupação definida no mercado de trabalho, mediante o domínio de todas as tarefas e operações pertinentes. Destina-se a pessoas candidatas ao primeiro emprego ou aquelas que pretendem mudar de profissão.
Aperfeiçoamento - utilizada quando o público beneficiário já exerce determinada ocupação, mas necessita melhorar o desempenho em determinadas partes da ocupação.
Atualização - utilizada quando o público beneficiário necessita de novos conhecimentos ou habilidades para o exercício de sua ocupação, em decorrência de determinadas mudanças tecnológicas no processo produtivo.
Especialização - executada quando os participantes de um evento pretendem aprofundar seus conhecimentos em área específica de uma ocupação.
Tipos de programação
Tipo de programação é a estratégia educacional utilizada para alcançar objetivos definidos conforme a natureza da programação, nas ações de FPR, ou conforme a atividade de PS.
No caso da FPR, os tipos de programação que poderão ser desenvolvidos pelo SENAR são:
Curso - utilizado quando a ação da FPR exige conteúdos preestabelecidos. É recomendado quando se trata de aprendizagem, qualificação ou especialização.
Treinamento - utilizado quando a ação da FPR exige conteúdos ocupacionais predominantemente operacionais, requerendo, portanto, maior aquisição de habilidades. É recomendado quando se trata de aperfeiçoamento ou atualização.
Seminário - utilizado quando a ação da FPR exige conteúdos predominantemente conceituais e demanda o estudo e o debate de temas específicos. É recomendado quando se trata de aperfeiçoamento e atualização, principalmente quando se referir a temas novos.
Estágio - utilizado como complemento da formação adquirida em um curso de qualificação ou especialização. É recomendado que seja realizado em unidade produtiva, por meio da execução de tarefas pertinentes à ocupação ou função que o trabalhador exerce ou irá exercer, sob supervisão e orientação específica.
Para que a aprendizagem seja efetiva e o trabalhador que participa da ação/atividade possa aplicar os conhecimentos e as habilidades adquiridos, o agente poderá selecionar, se necessário for, mais de um tipo da programação.
No caso específico da promoção social, além de cursos, treinamentos e seminários, outras estratégias podem ser utilizadas, como dia especial, encontros e torneios.
3.2. A ESTRUTURA OCUPACIONAL DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL (FPR)
A estrutura ocupacional é embasada nos diversos setores da economia existentes no meio rural, uma vez que são estes setores que geram trabalho. São eles:
- o primário ou de produção;
- o secundário ou de transformação; e
- o terciário referente ao comércio e à prestação de serviços.
Com a intenção de chegar à listagem das ocupações que constituem um dos referenciais de trabalho do SENAR, os eventos partirão de grandes linhas de ação que abrangerão todos os setores supramencionados.
Estas linhas de ação são desmembradas em áreas ocupacionais ou famílias de ocupações, e estas, por sua vez, se desdobrarão em ocupações (profissões). A seguir o quadro 1 apresenta a relação entre os setores da economia, as linhas de ação e as áreas ocupacionais.
Quadro 1
Relação entre os setores da economia, linhas de ação e áreas ocupacionais
Setores da Economia Linhas de Ação Áreas Ocupacionais
Primário Agricultura - Grandes culturas anuais
- Grandes culturas semiperenes e perenes
- Olericultura
- Fruticultura
- Floricultura e plantas ornamentais
- Plantas medicinais e especiarias
- Produção de sementes e mudas
- Produção orgânica
Pecuária - Pecuária de grande porte
- Pecuária de médio porte
- Pecuária de pequeno porte
Silvicultura - Florestamento e reflorestamento
Aqüicultura - Criação de animais aquáticos
- Criação de vegetais aquáticos
Extrativismo - Extrativismo vegetal
- Extrativismo animal
Secundário Agroindústria - Beneficiamento e transformação primária de produtos de origem agrossilvipastoril
Terciário Atividades de apoio agrossilvipastoril - Mecanização agrícola
- Irrigação e drenagem
- Administração rural
Atividades relativas à prestação de serviços - Construções rurais
- Montagem e reparo de máquinas agrícolas e motores
- Classificação, armazenagem e preservação de produtos de origem agrossilvipastoril
- Prestação de serviços nas áreas de saúde, vestuário, artigos domésticos, agropecuários e extrativismo
- Turismo rural
3.3. ESTRUTURA DAS ATIVIDADES DA PROMOÇÃO SOCIAL (PS)
No que tange à PS a estrutura das atividades implementadas pelo SENAR partirá dos aspectos importantes que devem permear os eventos dessa vertente de trabalho. São eles: educativo, preventivo, complementar à FPR, possibilidade de ganho econômico (melhoria da qualidade de vida).
Quadro 2
Estrutura das atividades da promoção social
Áreas de atividades Atividades
Saúde - Saúde reprodutiva
- Saúde na infância e na adolescência
- Saúde na terceira idade
- Saúde e alimentação
- Prevenção de acidentes
- Doenças vinculadas às parasitoses do homem e às zoonoses
- Saúde bucal
- Saneamento básico no meio rural
Alimentação e nutrição - Noções básicas de nutrição e alimentação
- Higiene, conservação e armazenamento de alimentos
- Alimentação materno-infantil
- Planejamento e aproveitamento de alimentos
- Produção caseira de alimentos
Artesanato - Tecelagem
- Cerâmica
- Tapeçaria
- Cestaria e trançados
- Artefato de couro e pele
- Artesanato em madeira
- Artesanato do vestuário
- Artesanato de rendas, bordados e congêneres
- Artesanato de crochê e tricô
- Artesanato de metais
- Artesanato de ossos, chifres e cartilagens
- Artesanato de pedras
- Artesanato de produtos marinhos
- Pintura em tecidos
Organização comunitária - Associativismo
- Cooperativismo
- Administração de empreendimentos comunitários
Cultura, esporte e lazer - Cultura
- Esporte e lazer
Educação - Alfabetização de jovens e adultos
- Educação ambiental
- Educação para o trabalho
- Educação para o consumo
Apoio às comunidades rurais - Serviços comunitários
3.4. CERTIFICAÇÃO
Os processos de certificação realizados pelo SENAR obedecem às naturezas da programação que são desenvolvidas por ele.
Por certificação, verifica-se qualquer procedimento que ateste, por escrito, que uma pessoa participou de uma ação educativa de formação profissional rural, promoção social ou desenvolvimento de talentos humanos, submetida, ou não, a mecanismos de avaliação, é um ato de certificação.
Serão os documentos de certificação a serem utilizados pelo Senar:
• Certificado de Participação
• Certificado Ocupacional
• Certificado de Aproveitamento
• Certificado de Atuação Instrucional
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1937). Constituição da República Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Senado, 1937.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Referências para uma política nacional de educação do campo – caderno de subsídios. Brasília: MEC, 2004.
BRASIL. Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. Proposta para o esboço preliminar do PNDRS. Disponível em:
. Acesso em 28 jun. 2004.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Pipmo – programa intensivo de preparação de mão-de-obra. Brasília: MTb, 1979.
BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais curriculares nacionais da educação profissional de nível técnico. Brasília: MEC, 2000.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Regimento interno, última alteração em 14 de julho de 2004. Legislação. Disponível em: www.senar.org.br Acesso em 3 jan. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Relatório de atividades de 2004. Brasília, 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Missão, princípios e diretrizes. Brasília: 3.ed. Série Metodológica, n. 1, 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Atividades da promoção social. 3.ed. Brasília: Série Metodológica, n. 3. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Estrutura ocupacional do meio rural. 3.ed. Brasília: Série Metodológica, n. 2. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Processo da formação profissional rural e da promoção social. 3.ed. Brasília: Série Metodológica, n. 4. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Metodologia do ensino da formação profissional rural e da promoção social. 3.ed. Brasília: Série Metodológica, n. 6. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Programação das ações de formação profissional rural e das atividades de promoção social. 3.ed. Brasília: Série Metodológica, n. 5. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Processo de certificação. 3.ed. Brasília: Série Metodológica, n. 7. 2005.
MANFREDI, S. M. Educação profissional no Brasil. São Paulo: Cortez, 2002.
Translation - Spanish
I. MARCO SITUACIONAL: EL PASADO Y EL PRESENTE DE LA FORMACIÓN PROFESIONAL RURAL
1.1. EDUCACIÓN PROFESIONAL RURAL
La historia de la educación profesional rural proviene de las necesidades que se hacían sentir en la áreas rurales, en vista de la carencia de personal especializado para trabajar, particularmente con el café, principal producto de exportación a finales del siglo XIX y principios del siglo XX, y el fin de la esclavitud. Antes que nada,
la ausencia de una conciencia respecto al valor de la educación en el proceso de constitución de la ciudadanía, aunada a las técnicas arcaicas del cultivo que no exigían de los trabajadores rurales ninguna preparación, ni siquiera alfabetización, contribuyeron a la ausencia de una propuesta de educación escolar, volcada hacia los intereses de los campesinos (MEC, 2001, p. 4).
Se puede decir que la enseñanza profesional destinada a las áreas rurales, empezó a recibir mayor realce a partir de la década de los 30, con la caída de las exportaciones de café, el aumento del éxodo rural y el modelo de sustitución de importaciones, una de las políticas del Estado Novo.
La Constitución de 1937 marca el pensamiento del Estado Novo en relación a la educación profesional en Brasil y, en especial, aquella volcada hacia el medio rural: la legitimización de la separación entre la enseñanza destinada a la élite y la enseñanza volcada hacia las clases populares. En su texto, evidencia la importancia de hacerse presente el adiestramiento físico y la disciplina moral para la juventud del campo (art. 132).
Nacía en aquella época, según Whitaker y Antuniassi, citado por CNDRS, 2004, una formación profesional rural que partía de una visión urbanocéntrica (que se trabajaba con el conocimiento producido en la ciudad, teniéndola como superior y moderna); sociocéntrica (que reflejaba el interés de la clases sociales dominantes); y etnocéntrica (que copiaba los valores culturales de la sociedad industrial). Ese pensamiento abrió precedentes a una enseñanza rural moldeada en experiencias y vivencias urbano-industriales, siendo diversas acciones profesionales réplicas de lo que se estructuraba para los grandes centros.
En esa época, crece también la idea de realizar la enseñanza rural con la fuerte prerrogativa de combatir el éxodo del campo, fijando allí a las personas. Con ese enfoque, varios programas fueron realizados mediante asociaciones entre instituciones de enseñanza y el Ministério do Trabalho , entre otros el curso para la formación de capataces rurales.
Con el tiempo, la idea de que se realizara la educación profesional rural para erradicar o minimizar el éxodo del campo llegó a ser abolida, tomando su lugar el pensamiento de la profesionalización enfocada hacia el crecimiento personal y profesional de aquellos que tienen en el campo su ideal de trabajo y de vida.
En los años 40 y 50, innúmeros programas fueron implementados en el medio rural, objetivando mejorar las condiciones de vida y de trabajo de esa población, así como sumar al precario ingreso del Estado, la enseñanza rural. Pueden ser citados, entre otros, las campañas de educación de adultos y las misiones rurales -acciones educativas para la mejoría de las condiciones socioeconómicas de pequeñas comunidades rurales.
Debe destacarse asimismo que en esa época entraban en ebullición los debates por una educación rural consciente y ciudadana, que tomaba en consideración los intereses y las necesidades de la población rural y que, en cierta forma, buscaba abandonar el pensamiento de una educación urbanocéntrica.
Las décadas de 60 y 70 también abarcaron mudanzas significativas en el rumbo de la educación profesional rural. Ese momento nacional estuvo marcado por la iniciativa del gobierno en grandes proyectos nacionales, como la construcción de polos petroquímicos y construcción de hidroeléctricas. Nacen, por tanto, a partir de allí, programas de capacitación de mano-de-obra como el Programa Intensivo de Preparação de Mão-de-Obra Industrial (PIPMOI) , seguido de la creación del Programa de Preparação de Mão-de-Obra (PIPMO) , para atender a los sectores primario, secundario y terciario.
El 31 de marzo de 1976, el Presidente Geisel sanciona el Decreto-Ley nº 77.354, creando el Serviço Nacional de Formação Profissional Rural (SENAR) , perteneciente al sistema "S" de formación profesional, vinculado al Ministério do Trabalho.
Hay que resaltar que el cambio ocurrido en los eventos profesionalizantes volcados hacia el campo ocurrió, principalmente, a partir del texto de 1988, con la alteración constitucional relacionada a la enseñanza rural, en virtud de una conciencia colectiva sobre la necesidad evidente del rescate al desarrollo del medio rural.
Actualmente, en lo que concierne a la educación profesional, se piensa en una formación más globalizante, que no esté sometida al quehacer mecánico, sino al hacer, al saber y al querer hacer, en una sintonía de trabajo, que requieren fundamentalmente seguridad, delicadeza y dedicación de aquellos que coordinan procesos de enseñanza-aprendizaje.
El aprendizaje de una profesión no puede restringirse más al dominio técnico. Es necesario que se dé importancia a la profesión como función económica y social. Debe también considerar la auto-imagen del educando, formada a partir del valor que el individuo atribuye al trabajo que ejerce y sus experiencias de vida acumuladas. La formación profesional debe brindar al adulto la percepción de que nuevos conocimientos integrados a los que ya posee le darán ganancias de diversa naturaleza -sociales, productivas y económicas.
Es necesaria una forma de educación efectiva, que no solamente considere el aprender a aprender, sino que permita al educando unir teoría y práctica, transformando en praxis el conocimiento y el saber y contribuyendo para la construcción de un profesional auto-realizado y capaz de asimilar las diversas tareas y habilidades que cada momento le exija.
1.2. SENAR: SU ESTRUCTURA DE TRABAJO
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR es una institución de derecho privado, responsable por la planeación y ejecución de dos vertientes de trabajo: la formación profesional rural y la promoción social de trabajadores y productores rurales. Ambas vertientes de trabajo presentan carácter educativo no formal (proceso organizado y sistemático, no estructurado en grados de enseñanza), abarcando eventos programados para atender las necesidades y los intereses específicos de cada comunidad rural.
SENAR está vinculado a la Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) , a nivel nacional, y a las Federações de Agricultura e Pecuária , a nivel estatal. Posee una administración central, localizada en Brasília-DF y 27 administraciones regionales, presentes en todos los estados. Cada administración regional realiza sus acciones y actividades en forma descentralizada, de acuerdo con su potencial de recaudación, así como de conformidad con su capacidad operativa relacionada a su contingente humano y recursos materiales disponibles. Compete a la administración central la responsabilidad por la coordinación, seguimiento y asesoramiento técnico a las regionales.
SENAR fue creado el 23 de diciembre de 1991, por medio de la ley nº 8.315. Después de la aprobación de su reglamento (decreto nº 566, del 10 de junio de 1992), la institución inició la formación de su equipo en busca de la operacionalización de las acciones de formación profesional rural y actividades de promoción social. Puede, por lo tanto afirmarse, que SENAR inició sus trabajos en los estados en 1993.
La institución actúa en todo el país, utilizándose en asociaciones diversas, ya sean éstas organizaciones públicas o privadas. Al mismo tiempo, por estar vinculado al sistema sindical, se puede decir que tiene como socios naturales a los sindicatos patronales rurales.
1.3. MISIÓN, PRINCIPIOS Y DIRECTRICES ORGANIZACIONALES
A nivel mundial, la formación profesional sigue las orientaciones de la Organização Internacional do Trabalho (OIT). En lo que se refiere a las Américas, el Centro Internacional de Investigação e Documentação sobre Formação Profissional (CINTERFOR) congrega a los principales organismos del área y promueve encuentros y reuniones con el objetivo de formular declaraciones y cartas de principios señalizadores de la formación profesional.
En Brasil, el Ministério do Trabalho e Emprego es responsable por la definición de las políticas de formación profesional. Sin embargo, dadas las peculiaridades de la formación profesional para el comercio y los servicios, para la industria y para el medio rural, cabe, a los organismos representativos de estos segmentos, establecer los principios y las directrices específicos en su área de actuación.
Compete, a SENAR, en la formulación de sus presupuestos básicos, respetar las recomendaciones de OIT, las resoluciones de CINTERFOR, las políticas del Ministério do Trabalho e Emprego y las prioridades de la agricultura nacional establecidas por la Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) y sus federaciones vinculadas.
Además de las orientaciones emanadas por las organizaciones arriba descritas, SENAR se rige por su misión, sus principios y sus directrices. Esas tres referenciales de trabajo organizacional son las que diferencian a SENAR de otras organizaciones que tienen como objetivo el desarrollo del campo, como la asistencia técnica y extensión rural, el fomento y la investigación agropecuaria.
• MISIÓN significa compromiso, deber, obligación.
Misión del SENAR: desarrollar acciones de la formación profesional rural y actividades de la promoción social destinadas a las personas del área rural, contribuyendo para su profesionalización, su integración en la sociedad, mejoría de su calidad de vida y para el pleno ejercicio de la ciudadanía.
PRINCIPIOS son preceptos, reglas, leyes, bases para la acción. Son proposiciones directrices de una acción, o de una ciencia, hacia las cuales todo el desarrollo posterior debe estar subordinado. Poseen carácter duradero y establecen reglas de conducta.
Son principios de la FPR y de la PS:
1 La formación profesional rural y la promoción social son procesos educativos, vinculados a la realidad del medio rural.
2 La formación profesional rural y la promoción social son procesos democráticos que propician igualdad de oportunidades, sin distinción de sexo, raza, creencia religiosa y convicción filosófica o política. Además de ello, efectúan la inclusión de personas con necesidades especiales, en el sentido de promover su mayor participación en la vida de la comunidad.
3 La formación profesional rural y la promoción social tienen en cuenta los cambios, de cualquier orden, que ocurren en el mundo contemporáneo. De esa forma, en la medida que se alteran los procesos productivos y el dominio de los conocimientos, se alteran las formas de trabajo de la organización.
4 La formación profesional rural se vincula al mercado de trabajo, teniendo en las fuerzas de oferta y demanda de profesionales su foco de actuación.
5 La formación profesional rural está asociada a la información y a la orientación profesionales.
6 La formación profesional rural está centrada en una ocupación.
7 La formación profesional rural se adecúa al nivel tecnológico de la ocupación, de modo de asegurar la práctica profesional, la mejoría del desempeño, la seguridad y la salud en el trabajo y la empleabilidad, que quiere decir, el ingreso o la manutención del trabajador en el mercado de trabajo.
8 La formación profesional tiene identidad y características propias, objetivos profesionalizantes y contenidos ocupacionales centrados en el proceso de trabajo. Así, se diferencia de otros procesos educativos desarrollados en el medio rural (asistencia técnica y extensión rural, fomento e investigación agropecuaria) por tener, como referencial, el mercado de trabajo, por centrarse en la ocupación, por ser suministrada en diferentes niveles de profundidad y por tener, como exigencia, estructuración curricular capaz de propiciar certificación a los aprobados en las acciones.
9 La formación profesional rural y la promoción social resultan en ganancias sociales y económicas al trabajador, cualesquiera que sean las actividades del universo de trabajo del medio rural.
10 La formación profesional rural proporciona condiciones para la mejoría del desempeño del trabajador y para el aumento de su productividad en el trabajo, pues sus programaciones son desarrolladas enfocándose en los criterios de desempeño profesional requerido por el mercado de trabajo.
11 La formación profesional rural y la promoción social contemplan contenidos relativos a la salud y a la seguridad en el trabajo, desarrollados de forma integrada, visando al bienestar y a la protección personal y de terceros en el desempeño de la ocupación/actividad.
12 La formación profesional rural y la promoción social contemplan contenidos relativos a la preservación y la conservación del medio ambiente.
DIRECTRICES son definidas como las líneas reguladoras en el trazado de un camino. Orientan los procedimientos para que una acción se realice. Son, por lo tanto, un conjunto de instrucciones o indicaciones para tratar y llevar al final un plan, una acción o un negocio. Las directrices trazan el camino a ser recorrido por la institución y, por ello, pueden ser alteradas por el consejo deliberativo en períodos más cortos de tiempo, si se comparan con los principios. Las directrices siempre se vinculan a las estrategias de gestión de SENAR.
Son directrices de SENAR:
1 Las actividades de promoción social desarrolladas por SENAR deben centrarse en la familia del trabajador y del productor rural, englobando hombres, mujeres, ancianos, jóvenes y niños.
2 Las actividades de promoción social desarrolladas por SENAR deben observar la complementaridad con las acciones de la formación profesional rural, cuando así se hiciera necesario.
3 Las acciones de formación profesional rural desarrolladas por SENAR deben ser planeadas respetando los intereses de los empleadores y empleados.
4 Las acciones de formación profesional rural desarrolladas por SENAR deben considerar las informaciones del mercado de trabajo, los requisitos de cada ocupación y la situación en que se encuentre la clientela, en cuanto al dominio de las competencias exigidas para el desempeño satisfactorio de la ocupación y a la diversidad de las unidades productivas.
5 La clientela de SENAR para acciones de formación profesional rural referentes a la calificación, a la especialización, al perfeccionamiento y a la actualización debe componerse por personas con, al menos, 16 años de edad, que ejerzan o pretendan ejercer actividades profesionales en el medio rural, respetando las decisiones expresadas en el ordenamiento nº 20/01, del Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
6 La clientela de SENAR para acciones de aprendizaje rural debe estar compuesta por jóvenes de entre 14 y 24 años, que pretendan ejercer actividades en el medio rural.
7 SENAR debe valerse de múltiples estrategias para el desarrollo de las acciones de la formación profesional rural y de las actividades de promoción social como: enseñanza presencial, semipresencial y a distancia, pudiendo ser secuencial o modulada.
8 SENAR debe asesorar a las entidades empleadoras en la elaboración y la ejecución de programas de formación profesional rural y de promoción social.
9 SENAR debe otorgar asesoría a entidades gubernamentales y privadas, sobre formación profesional rural, siempre que le fuera solicitado.
10 Las acciones de formación profesional rural y las actividades de promoción social deben ser desarrolladas por SENAR, en forma descentralizada, respetando las características regionales y locales.
11 SENAR debe divulgar sus eventos con el fin de democratizar el acceso de la clientela a las acciones de formación profesional rural y a las actividades de promoción social.
12 SENAR debe valerse de procedimientos didácticos y pedagógicos apropiados a la formación profesional rural y a la promoción social.
13 SENAR debe efectuar procesos de certificación obedeciendo a patrones institucionales.
14 SENAR debe mantener un sistema de documentación e información relativo a la formación profesional rural y a la promoción social.
15 SENAR debe mantener programas de gestión de personas destinados a dirigentes, técnicos, personal de apoyo y demás colaboradores.
16 SENAR debe mantener programas de gestión de personas destinados a dirigentes, técnicos, personal de apoyo y demás colaboradores.
17 Las acciones de formación profesional rural desarrolladas por SENAR deben estar centradas en el nivel de calidad requerido por el mercado de trabajo debiendo, los contenidos de las acciones de la FPR, encontrarse adecuados a él.
18 SENAR debe mantener intercambio técnico-educativo visando a la adquisición e intercambio de nuevas tecnologías educacionales y otras acciones conjuntas desde una perspectiva de perfeccionamiento, de actualización y de desarrollo institucional.
19. SENAR debe aplicar esfuerzos para proporcionar adaptación curricular a la formación profesional de personas con necesidades educativas especiales (PNEES).
1.4. FORMACIÓN PROFESIONAL RURAL (FPR) Y PROMOCIÓN SOCIAL (PS):
CONCEPTOS Y CARACTERÍSTICAS
La Ley de creación de SENAR (nº 8.315/91), en su artículo 1, presenta:
Se crea el Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), con el objetivo de organizar, administrar y ejecutar en todo el territorio nacional la enseñanza de la formación profesional rural y la promoción social del trabajador rural, en centros instalados y mantenidos por la institución o bajo la forma de cooperación, dirigida a los trabajadores rurales.
A partir de ese artículo de la Ley, se interpretó como formación profesional rural una vertiente de trabajo institucional enfocada en el mercado de trabajo, en la mejoría del desempeño del trabajo en la ocupación ejercida por el trabajador. Como promoción social, se comprendió como otra vertiente de trabajo, que brinda al trabajador y su familia ganancia social, cultural y probablemente económica, sin tener carácter profesionalizante.
Siendo así, para SENAR, la formación profesional rural (FPR) es un proceso educativo, no formal, participativo y sistematizado, que posibilita la adquisición de conocimientos, habilidades y actitudes al individuo, para el desempeño de una ocupación.
La promoción social (PS) es un proceso educativo, no-formal, participativo y sistematizado, que visa al desarrollo de las aptitudes personales y sociales del trabajador, del productor rural y de sus familias, posibilitando una mejor calidad de vida, conciencia crítica y participación en la vida de la comunidad (SENAR, 2005).
A pesar de presentar objetivos diferenciados, la FPR y la PS pueden presentar tanto aspectos semejantes como divergentes.
Son aspectos comunes a la FPR y a la PS:
• Ambas tienen carácter educativo. Por educativo, se comprende todo proceso que promueve el perfeccionamiento integral de la persona.
• Ambas son realizadas de forma sistematizada, organizada e intencional, lo que las distingue de la educación informal.
• Se entiende que tanto la PS como la FPR, si son bien programadas y ejecutadas, deben necesariamente promover socialmente la clientela, considerándose las ganancias sociales, culturales y económicas provenientes de los procesos educativos.
• Deben contemplar informaciones concernientes a la ciudadanía del trabajador, a la seguridad y a la salud en el trabajo, principios de calidad y productividad, además de aspectos ambientalistas, lo que asegurará, todavía más, la ganancia social.
• Ambas presentan requisitos para el ingreso en los eventos y deben seguir el ordenamiento nº 20/2001 del Ministério do Trabalho e Emprego.
En lo que concierne a las diferencias, se destaca una en especial: el hecho de que la FPR se orienta bajo un enfoque profesionalizante, en el sentido de preparar al individuo para su inserción o reinserción en el mercado de trabajo o mejorar, de alguna manera, su desempeño en una ocupación. La PS no actúa con la intención de profesionalizar, sino de desarrollar disposiciones innatas, competencias y habilidades individuales y/o colectivas.
II. MARCO DOCTRINAL: PRESUPUESTOS TEÓRICOS LIGADOS A LA EDUCACIÓN DE LOS ADULTOS
2.1. LA PROPUESTA EDUCATIVA DE SENAR
La propuesta educativa de SENAR se basa en dos importantes pilares: uno de ellos se relaciona con los dominios del aprendizaje. Si la actual formación profesional requiere un aprendizaje que va más allá del quehacer mecánico, tienen que hacerse presentes tres dominio del aprendizaje: el dominio cognitivo, el afectivo y el psicomotor.
Otro pilar de la propuesta educacional de SENAR se refiere a la relación que será establecida entre el instructor y el educando. Si la educación de adultos propuesta por SENAR se relaciona con una concepción cognitivista y humanista, la relación horizontal entre los dos actores del proceso enseñanza-aprendizaje no debe ser, bajo ninguna hipótesis, despreciada.
III. MARCO OPERACIONAL: ETAPAS, FASES Y ACTIVIDADES DEL PROCESO DE LA FPR
3.1. NATURALEZA Y TIPOS DE PROGRAMACIÓN
Naturalezas de Programación
SENAR desarrolla sus eventos de formación profesional rural con base en la identificación de las naturalezas de programación (esta clasificación no se extiende a los eventos de promoción social, puesto que esta vertiente no tiene carácter profesionalizante). Naturaleza de programación determina el nivel, el alcance y la intensidad en que serán desarrollados los contenidos. Las naturalezas de programación trabajadas por SENAR son:
Calificación - capacita al individuo para el ejercicio de una ocupación definida en el mercado de trabajo, mediante el dominio de todas las tareas y operaciones pertinentes. Se destina a las personas candidatas al primer empleo o aquellas que pretenden cambiar de profesión.
Perfeccionamiento - se utiliza cuando el público beneficiario ya ejerce determinada ocupación, pero necesita mejorar el desempeño en determinadas partes de la ocupación.
Actualización - se utiliza cuando el público beneficiario necesita de nuevos conocimientos o habilidades para el ejercicio de su ocupación, en virtud de determinados cambios tecnológicos en el proceso productivo.
Especialización - se ejecuta cuando los participantes de un evento pretenden profundizar sus conocimientos en un área específica de una ocupación.
Tipos de programación
Tipo de programación es la estrategia educacional utilizada para alcanzar objetivos definidos conforme a la naturaleza de programación, en las acciones de FPR, o conforme a la actividad de PS.
En el caso de la FPR, los tipos de programación que podrán ser desarrollados por SENAR son:
Curso - utilizado cuando la acción de la FPR exige contenidos preestablecidos. Es recomendado cuando se trata de aprendizaje, calificación o especialización.
Entrenamiento - utilizado cuando la acción de la FPR exige contenidos ocupacionales predominantemente operacionales, requiriendo, por lo tanto, mayor adquisición de habilidades. Se recomienda cuando se trata de perfeccionamiento o actualización.
Seminario - utilizado cuando la acción de la FPR exige contenidos predominantemente conceptuales y demanda el estudio y el debate de temas específicos. Es recomendado cuando se trata de perfeccionamiento y actualización, principalmente cuando se refiere a temas nuevos.
Servicio Social - utilizado como complemento de la formación adquirida en un curso de calificación o especialización. Es recomendable que se realice en una unidad productiva, por medio de la ejecución de tareas pertinentes a la ocupación o función que el trabajador ejerce o irá a ejercer, bajo supervisión y orientación específicas.
Para que el aprendizaje sea efectivo y el trabajador que participa de la acción/actividad pueda aplicar los conocimientos y las habilidades adquiridos, el agente podrá seleccionar, si fuera necesario, más de un tipo de programación.
En el caso específico de la promoción social, además de cursos, entrenamientos y seminarios, otras estrategias pueden ser utilizadas, como día especial, encuentros y torneos.
3.2. LA ESTRUCTURA OCUPACIONAL DE LA FORMACIÓN PROFESIONAL RURAL (FPR)
La estructura ocupacional está fundada en los diversos sectores de la economía existentes en el medio rural, toda vez que son estos sectores los que generan trabajo. Son:
- el primario o de producción;
- el secundario o de transformación; y
- el terciario referente al comercio y a la prestación de servicios.
Con la intención de llegar al listado de las ocupaciones que constituyen uno de los referenciales de trabajo de SENAR, los eventos partirán de grandes líneas de acción que abarcarán todos los sectores supramencionados.
Estas líneas de acción son desmembradas en áreas ocupacionales o familias de ocupaciones, y estas, a su vez, se desdoblarán en ocupaciones (profesiones). En seguida el cuadro 1 presenta la relación entre los sectores de la economía, las líneas de acción y las áreas ocupacionales.
Cuadro 1
Relación entre los sectores de la economía, líneas de acción y áreas ocupacionales
Sectores de la Economía Líneas de Acción Áreas Ocupacionales
Primario Agricultura - Grandes cultivos anuales
- Grandes cultivos semi-perennes y perennes
- Olericultura
- Fruticultura
- Floricultura y plantas ornamentales
- Plantas medicinales y especias
- Producción de semillas y mudas
- Producción orgánica
Pecuaria - Pecuaria de gran tamaño
- Pecuaria de medio tamaño
- Pecuaria de pequeño tamaño
Silvicultura - Forestación y reforestación
Acuicultura - Cultivo de animales acuáticos
- Cultivo de vegetales acuáticos
Extractivismo - Extractivismo vegetal
- Extractivismo animal
Secundario Agroindustria - Beneficiamiento y transformación primaria de productos de origen agrosilvopastoril
Terciario Actividades de apoyo agrosilvopastoril - Mecanización agrícola
- Irrigación y drenaje
- Administración rural
Actividades relativas a la prestación de servicios - Construcciones rurales
- Montaje y reparación de máquinas agrícolas y motores
- Clasificación, almacenamiento y preservación de productos de origen agrosilvopastoril
- Prestación de servicios en las áreas de salud, vestuario, artículos domésticos, agropecuarios e extractivismo
- Turismo rural
3.3. ESTRUCTURA DE LAS ACTIVIDADES DE PROMOCIÓN SOCIAL (PS)
En lo que concierne a la PS la estructura de las actividades implementadas por SENAR partirá de los aspectos importantes que deben permear los eventos de esa vertiente de trabajo. Ellos son: educativo, preventivo, complementario a la FPR, posibilidad de ganancia económica (mejoría de la calidad de vida).
Cuadro 2
Estructura de las actividades de promoción social
Áreas de atividades Atividades
Salud - Salud reproductiva
- Salud en la infancia y la adolescencia
- Salud en la tercera edad
- Salud y alimentación
- Prevención de accidentes
- Enfermedades vinculadas a las parasitosis del hombre y las zoonosis
- Salud bucal
- Saneamiento básico en el medio rural
Alimentación y nutrición - Nociones básicas de nutrición y alimentación
- Higiene, conservación y almacenamiento de alimentos
- Alimentación materno-infantil
- Planeación y aprovechamiento de alimentos
- Producción casera de alimentos
Artesanía - Textil
- Cerámica
- Tapicería
- Cestería e trenzados
- Artefactos de cuero y piel
- Artesanía en madera
- Artesanía de vestuario
- Artesanía de tejidos, bordados y similares
- Artesanía de gancho y punto
- Artesanía de metales
- Artesanía de huesos, cuernos y cartílagos
- Artesanía de piedras
- Artesanía de productos marinos
- Pintura en tejidos
Organización comunitaria - Asociativismo
- Cooperativismo
- Administración de empresas comunitarias
Cultura, deporte y tiempo libre - Cultura
- Deporte y tiempo libre
Educación - Alfabetización de jóvenes y adultos
- Educación ambiental
- Educación para el trabajo
- Educación para el consumo
Apoyo a las comunidades rurales - Servicios comunitarios
3.4. CERTIFICACIÓN
Los procesos de certificación realizados por SENAR obedecen a las naturalezas de la programación que son desarrolladas por él.
Por certificación, se verifica cualquier procedimiento que atestigüe, por escrito, que una persona participó de una acción educativa de formación profesional rural, promoción social o desarrollo de talentos humanos, sometida, o no, a mecanismos de evaluación, es un acto de certificación.
Serán documentos de certificación utilizados por Senar:
• Certificado de Participación
• Certificado Ocupacional
• Certificado de Aprovechamiento
• Certificado de Actuación instruccional
REFERENCIAS
BRASIL. Constitución (1937). Constituição da República Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Senado, 1937.
BRASIL. Constitución (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Referências para uma política nacional de educação do campo – caderno de subsídios. Brasília: MEC, 2004.
BRASIL. Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. Proposta para o esboço preliminar do PNDRS. Disponible en: . Acceso el 28 jun. 2004.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Pipmo – programa intensivo de preparação de mão-de-obra. Brasília: MTB, 1979.
BRASIL. Ministério da Educação. Referenciais curriculares nacionais da educação profissional de nível técnico. Brasília: MEC, 2000.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Regimento interno, última alteração em 14 de julho de 2004. Legislação. Disponible en: www.senar.org.br Acesso em 3 jan. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Relatório de atividades de 2004. Brasília, 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Missão, princípios e diretrizes. Brasília: 3.ed. Serie Metodológica, n. 1, 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Atividades da promoção social. 3.ed. Brasília: Serie Metodológica, n. 3. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Estrutura ocupacional do meio rural. 3.ed. Brasília: Serie Metodológica, n. 2. 2005.
BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Processo da formação profissional rural e da promoção social. 3.ed. Brasília: Serie Metodológica, n. 4. 2005.
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