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French to Portuguese: Aby Warburg et la science sans nom (excerpt) General field: Social Sciences Detailed field: Philosophy
Source text - French Cet essai vise à établir la situation critique d'une discipline « qui, à l'inverse de tant d'autres, existe, mais , n'a pas de nom ». Puisque le créateur de cette discipline fut Aby Warburg, seule une analyse attentive de sa pensée pourra fournir le point de vue qui rendra cette situation possible. Alors seulement, on pourra se demander si cette « discipline innommée » est, ou non, susceptible de recevoir un nom et dans quelle mesure les noms proposés jusqu'ici remplissent bien leur office.
L'essence de l'enseignement et de la méthode de Warburg, telle qu'elle se manifeste dans l'activité de la Bibliothèque pour la science de la culture de Hambourg, qui deviendra plus tard l'Institut Warburg, est d'ordinaire identifiée au refus de la méthode stylistique-formelle qui domine l'histoire de l'art à la fin du xrx• siècle, et au déplacement du point central de l'investigation : de l'histoire des styles et de l'évaluation esthétique aux aspects programmatiques et iconographiques de l'œuvre d'art tels qu'ils résultent de l'étude des sources littéraires et de l'examen de la tradition culturelle. La bouffée d'air frais apportée par l'approche warburguienne de l'œuvre d'art au milieu des eaux stagnantes du formalisme esthétique est attestée par le succès croissant des recherches inspirées de sa méthode, et qui ont conquis un public si vaste, hors même du domaine académique, qu'on a pu parler d'une image > de l'Institut Warburg. En même temps qu'augmentait la célébrité de l'Institut, on assistait toutefois à la disparition progressive de l'image de son fondateur et de son projet originaire, tandis que l'édition des écrits et des fragments inédits de Warburg était sans cesse différée, et n'a pas encore vu le jour• Naturellement, cette caractérisation de la méthode warburguienne reflète une attitude face à l'œuvre d'art qui fut indubitablement celle d'Aby Warburg. En 1889, tandis qu'il préparait à l'université de Strasbourg sa thèse sur La Naissance de Vénus et Le Printemps de Botticelli, il se rendit compte que toute tentative de comprendre l'esprit d'un peintre de la Renaissance était futile si l'on affrontait le problème du seul point de vue formel, et toute sa vie il conserva une > pour > et pour la considération purement formelle de l'image. Mais cette attitude ne naissait ni d'une approche purement érudite et antiquaire des problèmes de l'œuvre d'art, ni, encore moins, d'une indifférence à ses aspects formels : son attention obsessionnelle presque iconolâtre, à la force des images prouve si nécessaire qu'il était presque trop sensible aux « valeurs formelles >> ; et un concept comme celui de Pathosformel, qui rend impossible de séparer la forme du contenu, car il désigne l'indissoluble intrication d'une charge émotive et d'une formule iconographique, montre que sa pensée ne peut jamais s'interpréter en termes d'oppositions surfaites du type forme/contenu ou histoire des styles/histoire de la culture. Ce qui lui est propre, dans son attitude scientifique, c'est, plus qu'une nouvelle manière de faire de l'histoire de l'art, une tension vers le dépassement des limites de l'histoire de l'art même, tension qui accompagne d'emblée son intérêt pour cette discipline, à croire qu'il l'avait choisie uniquement pour y semer la graine qui la ferait éclater. Le > qui, selon sa célèbre devise, >, n'était pas pour lui un dieu tutélaire de l'histoire de l'art, mais le démon obscur d'une science innommée dont on commence aujourd'hui seulement à entrevoir les traits.
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Translation - Portuguese Este ensaio visa estabelecer a situação critica de uma disciplina “que, ao contrário de tantas outras, existe, mas não tem nome.” Já que o criador dessa disciplina foi Aby Warburg, somente uma análise atenta de seu pensamento poderá tornar essa situação possível. Apenas aí poderemos nos perguntar se essa “disciplina inominada” é, ou não, suscetível de receber um nome e em que medida os nomes propostos até aqui cumprem bem seu papel.
A essência do ensino e do método de Warburg, tal como se manifesta na atividade da Biblioteca para Ciência da Cultura em Hamburgo, que se tornaria mais tarde o Instituto Warburg, é tipicamente identificada com a recusa do método estilístico-formal que domina a história da arte no final do século 19, e ao deslocamento do ponto central de investigação: da história dos estilos e da valorização estética aos aspectos programáticos e iconográficos da obra de arte tal como resultam dos estudos literários e do exame da tradição cultural. A lufada de ar fresco trazida pela visada warburgiana da obra de arte no meio das águas estagnadas do formalismo estético é atestada pelo sucesso crescente das pesquisas inspiradas por seu método, que conquistaram um público tão vasto, mesmo fora do domínio acadêmico, que se pode falar de uma imagem popular do Instituto Warburg. Ao mesmo tempo em que aumentava a celebridade do
Instituto, assistia-se todavia a desaparição progressiva da imagem de seu fundador e de seu projeto originário, enquanto a edição dos escritos e fragmentos inéditos de Warburg é constantemente atrasada, e até o momento não foi publicada. Naturalmente, essa caracterização do método warburgiano reflete uma atitude diante da obra de arte que foi indubitavelmente a de Aby Warburg. Em 1889, enquanto preparava na universidade de Strasbourg sua tese sobre O nascimento da Vênus e A primavera de Botticelli, percebe que toda tentativa de compreender o espírito de um pintor da renascença era fútil se confrontado apenas do ponto de vista formal, e toda sua vida ele conserva uma “ franca repulsa” pela “história da arte estetizante” e pela consideração puramente formal da imagem. Mas esta atitude não nascia nem de uma aproximação puramente erudita e antiquada dos problemas da obra de arte, nem, ainda menos, de uma indiferença a estes aspectos formais: sua atenção obsessiva, quase iconólatra, à força das imagens, prova se necessário, que ele era quase sensível demais aos “valores formais”; e um conceito como o de Pathosformal, que torna impossível separar a forma do conteúdo, pois ele designa o indissolúvel entrelaçamento de uma carga emotiva e de uma fórmula iconográfica, revela que seu pensamento não pode jamais ser interpretado em termos de oposições superestimadas do tipo forma/conteúdo ou história dos estilos/história da cultura. O que lhe é peculiar, em sua atitude científica é, mais que uma nova maneira de fazer a história da arte, uma tensão voltada para a superação dos limites da própria história da arte, tensão que acompanha logo de início seu interesse por esta disciplina, sendo crível que ele a escolheu unicamente para semear o grão que a faria explodir. O “bom deus” que, segundo sua célebre sentença, “se esconde nos detalhes”, não era para ele um deus tutelar da história da arte, mas o demônio obscuro de uma ciência inominada da qual começamos, hoje apenas, a entrever os traços.
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Years of experience: 15. Registered at ProZ.com: Apr 2023.
I am a bilingual French/Brazilian Portuguese freelance translator with dual nationality and academic background in journalism and art history.
I started my career by organizing international events, then was hired as a translator and interpreter by the IME (Military Institute of Engineering, in Brazil) in a project to build a hydroelectric plant in Haiti. After the end of the project, I continued translating and proofreading texts, including two published in the art and philosophy academic magazine 'Arte e Ensaios'; one as a translator ('Aby Warburg e a ciência sem nome'; 2009, p. 132-143, <https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/50819/27565>); other as co-proofreader ('Compreender é Julgar'; 2007, p. 133-141 <https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/51630/27969>).
My main activity for the last five and a half years has been quality control of dubbed audio, subtitles, SDH, and audio description assets for a major streaming platform. (see my CV for more details)